Todos sabem que não devemos acreditar completamente nas propagandas que aparecem na mídia, porque quase sempre a realidade mostrada nelas está distorcida – só são mostradas as vantagens e nunca as desvantagens – para nos levar a comprar os produtos anunciados.
Se formos acreditar no que vemos nesses anúncios, qualquer homem se tornaria irresistível se usasse determinado desodorante ou uma mulher de meia idade poderia voltar à forma dos seus gloriosos vinte anos apenas usando determinado creme. E assim por diante.
E não adianta tentar fugir delas, pois as propagandas estão em toda parte – somos atingidos quando menos esperamos. Os anunciantes usam os meios mais engenhosos para se comunicar – outro dia vi uma linda camiseta distribuída numa escola. A criança me mostrou toda orgulhosa o que tinha ganho e estava impressa nela uma mensagem dirigida para os pais dela.
O que está por trás desses esforços são técnicas de marketing cuidadosamente calibradas para despertar o desejo de compra no público consumidor cobiçado pela empresa. E esses esforços sempre acabam tendo algum resultado, conseguindo despertar nas pessoas o desejo de comprar tal ou qual produto.
Há uma certa semelhança entre esse processo e o que acontece com relação às tentações às quais todos somos expostos. Tentação é toda ação que é feita no sentido de nos fazer pecar, isto é para nos desviar dos caminhos estabelecidos por Deus.
Mas quem provoca a tentação? Simples: a força espiritual que é contrária a Deus, Satanás, cuja grande alegria é nos afastar do caminho do bem. Queiram ou não, essa força do mal existe e está por aí bem atuante, conforme a Bíblia conta e a experiência diária comprova.
O Inimigo é muito ousado e não respeita ninguém – não podemos nos esquecer que ele teve a ousadia de tentar o próprio Jesus.
E ele usa técnicas de marketing bem sofisticadas: sempre procura apresentar o incentivo para ceder à tentação como se fosse uma coisa boa ou sem perigo. Satanás sempre tenta nos deixar relaxados(as) com a perspectiva de pecar, para aumentar nosso desejo de fazer tal tipo de coisa.
O Inimigo sabe onde e como “atacar”, porque ele conhece bem as fraquezas humanas. Assim, é comum que ele influencie a que venhamos construir pensamentos do tipo “isso não faz mal de verdade“, ou “eu mereço tal coisa, mesmo que seja errada” ou ainda “todo mundo faz, logo eu também posso fazer”, quando a tentação está diante de nós.
Frequentemente as pessoas “brincam com fogo” e pensam que vão conseguir resistir à tentação. E isso é um enorme perigo, pois a fraqueza humana é maior do que imaginamos – na verdade, basta que as condições necessárias se apresentem, que a maioria das pessoas peca. Simples assim.
Por exemplo, o rei Salomão era muito sábio e poderoso, mas foi levado por suas inúmeras mulheres, aos poucos, a adorar outros deuses. Abriu a guarda aqui e ali e quando se deu conta, já tinha pecado.
Os três melhores conselhos que já vi sobre como resistir à tentação são simples e bem objetivos. O primeiro foi dado pelo próprio Jesus: peça a Deus que lhe dê forças para não cair em tentação – Jesus falou sobre isso quando ensinou a famosa oração do “Pai Nosso”. Precisamos da força do Espírito Santo, atuando em nós, porque sozinhos não vamos conseguir.
O segundo conselho é: não fique perto da tentação, caso possa se afastar dela. Não vá a lugares onde você vai estar exposto a esse tipo de coisa ou tenha muito contacto com pessoas que gerem esse tipo de situação para você. Proteja-se.
O terceiro conselho é: quando você estiver motivado a ceder, pense nas consequências dos seus atos. Pense o que acontecerá na manhã seguinte, no mês seguinte ou no ano seguinte. Avalie bem o que seus atos poderão causar, tanto para você, como para seus entes queridos.
São conselhos simples e todos apontam na direção do conhecido ditado: “eu não posso impedir que o passarinho (a tentação) pouse na minha cabeça, mas posso impedir que ele faça ninho ali”. Em outras palavras, a tentação virá – isso é uma certeza – mas eu posso não me deixar dominar por ela.
Com carinho